1º Dia – 03 de setembro de 2014 – Quarta-feira

Chegamos em Madrid por volta das 08h00, viajando pela AirEuropa. O avião era meio velho e tinha vários defeitinhos. O serviço de bordo não foi tão ruim, mas vendiam auriculares (fones de ouvido por 3 euros!!! Só faltou alugarem os cobertores, rsrsrs).

O desembarque foi meio confuso, havia indicações de diversas saídas, fomos até a mais a longe que aparentemente era a que deveríamos seguir (pois a placa indicava conexões domésticas), mas ao chegar lá a fila estava grande e uma funcionária disse que na verdade poderíamos ir a qualquer uma. Então voltamos por todo o percurso para ir até a menor fila.
O controle de passaporte foi bem tranquilo, o Conrado com o passaporte italiano passa direto, e o meu o policial não fez nenhuma pergunta (o/), apenas carimbou e me liberou!
Andamos muuuuito até o outro terminal onde pegaríamos o vôo de conexão. Ao chegar lá passamos por um raio-x, tinha apenas um funcionando e uma grande fila. Inclusive começaram a passar os 200 velhinhos que chegaram, na nossa frente, e quase perdemos o vôo por causa disso (imagina na copa, Espanha!). Daí pegamos um ônibus que nos levou até a outra sala de embarque.
Saímos sem atraso e o avião era precário como o outro, com serviço de bordo apenas com venda.

Desembarcando em Barcelona andamos muuuito, de novo! O aeroporto é bem grande e é longe inclusive o despacho de bagagens.

Fomos procurar o trem que levaria à cidade e como estávamos no T1 pegamos um ônibus até o T2. (Dica: se não quer gastar com o táxi, e vai se hospedar na região central, o melhor é pegar o ônibus que sai do próprio T1 até a Pça Catalunia e outros pontos de parada). Descemos do ônibus e andamos mais um monte, atravessando uma passarela até chegar à estação de trem.
O trem estava lento, achei bem demorado até chegarmos à estação Sants. (principal estação de trem de Barcelona, de onde saem trens para várias cidades da Europa, da Espanha e tem ligação com o metrô). Lá é o caos, meio parecido com a Estação Sé do metrô de São Paulo, muita gente indo com pressa para todos os lados e muitos turistas perdidos. Fomos a 2 balcões de informações e foram grossos com a gente. Ficamos já de cara com uma má impressão dos espanhóis, mas depois passou, percebemos que no geral são bem gentis e prestativos, o problema era como aqui no Brasil, funcionários públicos mal humorados.

De metrô foi apenas uma estação – Entença (bem perto do apartamento tinha essa estação e a Hospital Clinic) Caminhamos 2 quadras até o apartamento onde ficaríamos hospedados. A Norma (dona da casa), tinha deixado a chave com a porteira (que na verdade é uma espécie de zeladora do prédio). Encontrei este apartamento através do AirBNB. De início estava procurando um apartamento inteiro, mas além de ficar caro para o mês inteiro, pensei na possibilidade de ter contato direto com uma pessoa que morasse lá. Então o foco era alugar o quarto com banheiro privativo. Foi difícil, mas consegui este, que além de ficar perto do metrô, tinha o banheiro privativo e servia café da manhã. Gostamos do bairro – Esquerra de L´Eixample, é residencial, dá para ir a pé até o centro caminhando por uns 15 min., tem supermercados, lojinhas, vários bares e restaurantes!
O prédio é antigo, como quase todos em BCN. E tinha um elevador bem peculiar, era uma porta de vidro, você abria e… surpresa! Um elevador.

O apartamento era grande, mas nosso quarto bem pequeno, com um beliche, um cabideiro e algumas prateleiras. Não tinha ventilação, já que a janela era virada para o vão do prédio. O banheiro era grande, com o espaço do Box muito pequeno, e não tinha Box, era com cortininha (percebi que Box de vidro no banheiro é um luxo dos paulistas praticamente).
Ficamos trabalhando um pouco na sala e logo chegou a filha da dona da casa. Tem 16 anos e ficou conversando conosco. O nosso quarto não tinha chave para trancar, tínhamos que confiar nos moradores da casa (Norma, sua filha e um estudante japonês) e ela em nós! Nos deu a chave do apartamento que abria a porta da rua e do apto. Muitas vezes ficávamos sozinhos na casa.

Em seguida saímos para almoçar, fomos dar uma volta na região e havia muitas opções de restaurantes fofos. E nossa primeira impressão foi de uma cidade maravilhosa para comer e até que barata. Escolhemos o restaurante Paquitos, e optamos pelo prato del dia (a maioria dos restaurantes serve assim, por volta de 10 euros, com um prato de entrada, prato principal, uma bebida e sobremesa ou café. Nos primeiros dias achamos que iríamos sempre pedir essa opção, mas fizemos as contas e não dava para gastarmos nós dois juntos, 20 euros todos os dias, no almoço e jantar, mas para quem vai ficar poucos dias, é ótimo, já que poderá optar por diversos tipos de pratos e sobremesas, experimentando de tudo um pouco cada dia).

Pedimos algo do tipo: linguiça com champignon, sardinha no limão, vinho, creme catalão (sobremesa típica, muito boa) e pana cota. Ótimo atendimento, a garçonete era muito simpática, perguntamos como falava em espanhol algumas coisas, pedimos explicações de alguns pratos. Na Espanha não cobram a propina (gorjeta), então de vez em quando dávamos alguns 2 euros (e os garçons ficavam muito felizes!). Geralmente o IVA (imposto) está incluso, mas quando não, é uma taxa entre 8 e 10%.

A noite fomos a Barceloneta, de metrô. Ainda pegamos a luz do dia e caminhamos (estava em horário de verão, só escurecia por volta das 20h30). Logo ao descer do metrô, andamos por uma avenida com vários restaurantes bem turísticos (falarei depois sobre eles, pois almoçamos lá), sorveterias, alugueis de bicicletas e algumas outras lojas. A praia é bonita, bem urbana e com água clara, mas não muito limpa.


Tem a escultura de blocos tortos, L’Estel Ferit ou Los Cubos, com o Hotel W ao fundo.

E vários chiringuitos, que são os quiosques deles. Tomar um drink, cerveja e tapas lá é caro comparado aos muitos bares da cidade. Mas sentamos em um deles, o Guinguerilito (algo do tipo, não lembro o nome, rsrs), pedimos uma Estrella no penico ( é uma jarra, dentro de um tipo pinico com gelo) e um mix de tapas, muito gostoso. Os chiringuitos são bem parecidos uns com os outros, parecem um grande caixote, bem decorado, estilo praia, moderninho, alugam cadeiras e guarda-sóis para ficar na praia.

Como estávamos muito cansados da viagem, voltamos cedo para casa, de metrô mesmo. No caminho tomamos um sorvete que faziam como se fosse a cara de um bicho, é diferente, mas não gostoso =/ – Eyescream and Friends.