Segunda-feira foi meu primeiro dia de aula, fiz um curso de uma semana de ilustração na Central Saint Martins, um dos colleges que faz parte da UAL – University of the Arts London. Por eu ser estrangeira e ter feito a inscrição pela internet, eu precisava ir até o escritório deles apresentar meu passaporte e provar que eu estava legal no país.

Acordei bem cedo e fui até a estação de metrô Holborn, no centro. Não era muito longe, mas era horário de pico, metrôs lotados! Depois fui correndo de volta para King´s Cross! Hahaha e eu super preocupada, achado que eles são um povo exemplo de organização, que eu não deveria me atrasar e nem deixar de apresentar o passaporte, né? Chegando lá tinha uma fila para cada turma, e aí apareceu um funcionária perguntando se alguém não tinha ido ainda fazer a checagem do passaporte, porque ela faria ali mesmo na hora! Hahaha êê Brazilll!!! Corri de manhã cedo à toa!

O professor Harold chegou, se apresentou, entregou nossos IDs e fomos fazer um tour pelo prédio, é bem legal a construção, mistura o antigo com o moderno, bem aberta. Tem vários espaços e laboratórios do pessoal de design, publicidade, moda e teatro. Na sala nos apresentamos, eram cerca de 15 alunos, apenas uma inglesa, o restante eram asiáticos, espanhóis, italianos, turcos.

O curso na verdade não é para aprender a ilustrar, mas para fazermos experimentos, inovar, criar sem se preocupar com a perfeição.

Na hora do almoço fui procurar algum lugar para comer, bem na frente do prédio passa o Regent´s Canal e tem a praça Granary Square, um “chafariz com água que sai de uns buracos no chão”, em dias quentes as crianças ficam lá brincando e até alguns adultos. E do lado, na Stable St  tinha um telão transmitindo Wimbledon ao vivo com cadeiras de praia e alguns street foods, fica cheio de gente ali assistindo aos jogos e almoçando, é uma região com vários prédios empresariais. Comprei um wrap e também sentei por ali. Tem também um restaurante, mas a maioria em Londres prefere comida / sanduíche pronto, sentar na praça e não demorar muito!

Após 1 hora voltei para a sala. O professor de cada curso que estipula os horários de intervalo.

Enquanto eu estava lá, o Conrado passou o dia em um centro de falcoaria no interior – English School of Falconry. Ele comprou o voucher pela TimeOut!

“Saindo de Londres, a The English School of Falconry fica alguns kms antes de Bedford. Como fui de transporte público, peguei um trem na estação Finsbury Park até Arlesey (comprei o bilhete antecipado, pelo site da Trainline, que é mais barato do que comprar na hora, principalmente se escolher embarques fora do horário de pico – off peak) – 1 hora mais ou menos de percurso. De lá, peguei um ônibus até a escola. A parte do ônibus foi meio confusa, mas graças ao Google Maps, encontrei o ponto certo.
Um senhor estava no ponto e, diferente da maioria das pessoas em Londres, começou a falar comigo. Muito simpático, em alguns minutos me contou sua vida inteira e inclusive me ajudou a descer no ponto para chegar à escola.
Chegando no centro de falcoaria, levei um susto, estava cheio de pássaros, parecia mais um zoológico. Na verdade lá é um local para treinamento de aves de estimação, capacitação de treinadores, abrigo de pássaros resgatados, estudo e conscientização em relação aos animais.
Fui até a recepção para apresentar o voucher do tour e fui encaminhado à área de apresentações. Uma grande área aberta, toda gramada, que ocupava metade do terreno total da escola.
Andando pelo “zoológico”, puder ver 5 espécies diferentes de águias, dentre elas uma Águia-real, umas 20 espécies de coruja, siriemas, flamingos, gaviões/falcões e condores.

A primeira atividade do tour foi a exibição de um falcão. Enquanto um dos apresentadores falava sobre o pássaro, o outro o instigava a voar, fazer acrobacias e a atacar uma presa (pintinho morto).

Depois mostraram para nós outro falcão, uma seriema e, por fim, as águias. Essas, muito mais preguiçosas que os falcões, demoraram um pouco para quererem voar. Segundo os instrutores, como elas gastam muita energia para levantar vôo e, confinadas, não precisam caçar para se alimentar, elas poupam toda a energia que puderem.

A última das 3 águias exibidas resolveu dar um passeio. Voou para longe e só voltou depois de uns 20min, quando já estávamos vendo as corujas.

Apesar de saber que os animais são muito bem tratados, não gostei de vê-los amarrados para não fugirem. De qualquer maneira, realizei um sonho de infância de poder chegar tão perto e segurar esses tipos de pássaros. =)
Na volta para casa peguei carona com um casal, cuja menina era brasileira, dei sorte!“

Voltando para a minha aula… acabou às 16h00 e eu fui à biblioteca da faculdade para trabalhar. É bem grande, tem bastante mesas, o problema é que fecha cedo, às 18h00. Mas nesse dia era o horário que eu precisava sair para assistir uma palestra no Campus London, que é um espaço de coworking e treinamento do Google. Eram short talks sobre o design que muda o mundo. Depois dei uma volta rápida pelo Shoreditch e fui para Camden encontrar com o Conrado.

Fomos aos The Blues Kitchen, um bar meio americano, onde às segundas-feiras tem a Rib Night, desconto no prato de costelas! Depois de 2 semanas acho que é essa foi a primeira vez que comemos comida em restaurante, rsrsrs. É bem bacana, tomamos umas pints e mais tarde começou o show do Alex Haynes & the Fever. Esse é um lugar que passa da meia noite =)