Fomos logo cedo ao bairro Gótico (Barri Gòtic ou El Gòtic) – dica: para não pegar fila, tem que ir cedo, logo que abrem as atrações turísticas, porque depois das 10h30, 11h00 começa a encher de excursões. Pegamos o metrô, e mesmo sendo horário de pico, estava apenas cheio, não lotado.

Entramos na Catedral de Barcelona, a entrada fica numa praça bem bonita, a Pla de la Seu, onde acontecem shows, apresentações, exibições, etc. Essa foi a única igreja da viagem em que eu tive que cobrir pernas e ombro, então amarrei uma canga na cintura (na Itália era muito mais comum) – na Sagrada Família, por exemplo, entrei de shortinhos (mas é sempre bom ter uma canga ou outra coisa na bolsa, caso peçam para cobrir partes do corpo). É linda e imensa, toda em estilo gótico, cheia de detalhes, demorou 200 anos para ser construída. Tem um pátio com um lago e patos. Na maior parte do dia a visita é gratuita, mas tem alguns horários específicos em que é paga.

Pagamos apenas 3 euros para pegar o elevador até o telhado. Demos sorte, pois como chegamos cedo, fomos uns dos primeiros a subir. Mais tarde fica muito cheia, e as fotos com um monte de pessoas estranhas, rsrsrs. Lá de cima vimos todas as torres da igreja e uma visão panorâmica do bairro.

Depois dessa visita, comemos um kebab com pão de wasabi, muito bom, no Conesa Entrepans. É um lugar bem tradicional e fica numa rua próxima à catedral.

Lá perto andamos até o MIBA, o museu de invenções, não é muito visitado e conhecido pelos turistas, eu havia visto no programa Lugar Incomum da Didi. Por termos o carnet da biblioteca, pagamos um pouco mais barato, por volta de 6 euros. É bem divertido, tem várias invenções malucas e outras bem úteis, algumas inclusive para vender. Tem uma bicicleta ergométrica para ficar pedalando e ganhar um salgadinho no final (de acordo com as calorias que você pedalou, rsrs); e uma balança que compara o peso das pessoas com artistas, eu tenho o mesmo da Kate Moss =)

Caminhamos pelo bairro, é bem gostoso, as ruas estreitas, com várias lojas e restaurantes. Fomos a algumas lojas de souvenirs de verdade, que eram bem caras, e outras de indianos, onde era tudo muito mais barato, e para quem tem que levar presente para muita gente, não tem jeito… Como na maioria das cidades turísticas do mundo, os produtos têm um preço exposto, mas na hora de levar, dão descontos e empurrando, tentam falar em Português, de Neymar e etc… é cansativo, rsrsrs.

Subimos pela carrer d´Avinyó, onde tem várias lojas alternativas de design. Vimos por fora a igreja Santa Maria del PI, é linda, cheia de detalhes góticos e tomamos um chá gelado do Refresca Tea, é um copo grande, gelado e tem vários sabores.

Almoçamos perto de casa no Tento, aliás essa foi uma das melhores descobertas da viagem. É uma rede de restaurantes que vendem o “almoço completo” por 5,95 Euros, que inclui: 2 pratos (que você pode escolher nas geladeiras que ficam expostas, tem de tudo, desde saladas, passando por risoto, massas, até diversos tipos de carnes e croquetes), 1 pão pequeno, 1 sobremesa e uma garrafinha de água. Aí você pode levar para casa ou comer lá mesmo, para isso eles dispõem de microondas para cada um esquentar o próprio prato. Era ótimo, almoçamos lá várias vezes, por ser perto de casa e muito barato, pois dividíamos entre nós dois.

A noite fomos ao bar El Gato Spit Chupito, a pé. A especialidade deles é o chupito, que é um coquetel versão shot. Cada dia da semana tem uma promoção, no dia em que fomos eram todos os chupitos por 2 Euros, e alguns estavam a 1 Euro. Tem mais de 100 tipos para escolher, tomamos vários, inclusive um que pegava fogo. Comemos uns petiscos baratinhos também.

Não lembro se foi nesse dia, que presenciamos uma tentativa de furto no metrô. Tinha uma família de japoneses conversando com uma mulher de uns 40 anos, tatuada. De repente uma mulher começou a gritar que o homem japonês estava sendo roubado por aquela mulher. Quando parou na estação, ninguém abriu a porta para que a mulher não fugisse (o metrô de BCN, assim como de outros lugares, as portas não abrem automaticamente, precisa apertar um botão para que abra). Saímos e ao olhar para trás vimos que o japonês estava brigando com a mulher, na plataforma.